16 de nov. de 2009

Muitas pessoas me perguntam:

"O que é Nef?"
"Por que você é Nef?"

Vamos lá...

Quando eu era adolescente,nos finais de semana, sempre me reunia com meus primos na casa deles para a "jogatina", como dizia minha avó. Ficávamos horas e horas jogando, com salgadinho, Keep Cooler e refrigerante, enquanto meus avós assistiam Raul Gil, Bolinha, Faustão, Silvio Santos, Festa Baile...
Era Buraco, Mau-Mau, Porco, War, Banco Imobiliário, Academia, etc.

Diziam as más línguas, que sempre que o jogo parava era na minha vez, porque eu era distraída e vivia com a cabeça nas nuvens. Assim, não percebia que era minha vez de jogar. Por conta disso, acrescetaram até uma regra no Mau-Mau: comeu bola , leva duas cartas. Assim eu ficava mais esperta, rsssss....

Numa das jogatinas, estávamos jogando meu novo jogo, Academia. pra quem não conheceu, era um jogo no qual o líder tirava uma carta e falava uma palavra, geralmente diferente, "estranha", pouco usada no dia-a-dia, e os jogadores escreviam o seu provável significado. Daí, o líder lia todas, inclusive a resposta correta, votávamos em qual era a certa e por aí vai...

Eis que apareceu a palvra NEFELIBATA. Feitos os palpites, meu primo leu a resposta correta: PESSOA QUE VIVE COM A CABEÇA NAS NUVENS.

Pronto! Estava feito! Todos concordaram que dali para frente eu era Nefelibata.

E ser Nefelibata não é apenas ter a cabeça nas nuvens... Este texto que encontrei na Internet resume e define muito bem o termo:

"Nefelibatas são aqueles que vivem nas nuvens. Donos de mentes aéreas, imaginativas, perdem-se em sonhos, ainda que acordados, entregam-se às suas fantasias. Utilizam-se dessa forma de escapismo, evasão, vivem em um mundo próprio. Alheios à realidade, julgam-na enganosa, fruto de um imaginário coletivo, discursos enganadores, alienismo adestrado, palavras, promessas que se perdem no vazio. Elaboram milhares de teorias da conspiração, acham suas idéias revolucionárias e progressitas. No fundo, tal maneira de viver é fruto de uma profunda insatisfação com este mundo, estimulada por um coração intrinssicamente sonhador. No fundo todos somos um pouco nefelibatas."

Há ainda, uma definição literária:
"Na literatura diz-se do escritor que não obedece às regras literárias, desprezam processos simples, fáceis de construção textual, preferindo a excentricidade de processos."

Bem...tá certo que escrevo demais, rsss...Mas prefiro textos simples do que os mais complexos!

Há quem diga que eu não sou mais NEFELIBATA...Que sou muito realista, pé no chão.
Acho até que podem ter uma certa razão...endureci um pouco, talvez...depois de alguns tombos, tive que me levantar e deixar a "Nefelibatisse" de lado. Mas não deixei totalmente. Ainda acredito que em certos momentos é bom tentar "escapar da realidade", fantasiando que tudo é diferente...

Estou em processo de mudanças.
Nessas mudanças, ficarei mais leve, em vários aspectos.
E poderei voar pelas minhas nuvens mais facilmente!

17 de set. de 2009

Minhas outras filhas

Não sei quando começou o meu interesse por Orquídeas.
Sempre gostei muito de flores, principalmente de GANHAR flores.
Depois que me casei, sempre gostei de ter um ou outro vasinho em minha casa. Uma planta sempre traz VIDA ao seu redor.

Tenho algumas recordações a respeito das orquídeas, que talvez expliquem a minha paixão recente (uns 2 ou 3 anos) por elas.

Ouvi falar algumas vezes, que meu avô João tinha em sua casa um orquidário, antigamente. Ele as cultivava em uma pequena estufa, tinha amigos orquidófilos, etc. Mas eu só "absorvi" essa informação há puco tempo, conforme meu interesse por elas aumentou...

Lembro-me que uma vez, minha avó Raphaela me deu algumas que vi num vaso de seu quintal, para me presentear num dia dos professores. Eu, TOTALMENTE leiga, peguei e coloquei os botões num vaso com água na mesa da minha sala, rsssss...Lógico, logo elas se foram.

Uma outra lembrança...quando meu avô faleceu, no seu velório, uma de suas sobrinhas trouxe um lindo arranjo com botões de orquídea para colocar em suas mãos enquanto ele repousava. Lembro das palavras dela, dizendo como ele gostava de orquídeas...

Nos finais de semana, sempre via anúncios ou reportagens de exposições de orquídeas. Meu avô sempre ficava "jogando uns verdes", pra ver se alguém o levava...

Há alguns anos, um desses lugares que anunciavam exposições, mudou para perto de casa. O Orquidário Morumby. Depois de muuuuito tempo que se instalaram por aqui, resolvi conhecer o lugar.

Já havia ganho uma ou duas orquídeas, mas não sabia que elas eram tão especiais e jogava fora depois que os botões e as flores caíam ou murchavam.

Lá, conheci as trocentas variedades de orquídeas. Me apaixonei por várias... Comecei a cultivá-las e buscar conhecimento para melhor cuidar delas.
Fiz cursos de cultivo, assisti palestras...E me apaixonei cada vez mais!

Então, no ano passado, minha tia me deu de presente um livro antigo, lindo, especialíssimo sobre orquídeas que foi do meu avô.

Toda a família se lembra dele quando falo das minhas "filhas"! Dizem que puxei a ele...

No primeiro curso que fiz, com o Erwin Bohnke, no Orquidário Morumby, ele perguntou quantas plantas cada aluno tinha. No meio de tantos colecionadores, fiquei sem jeito mas respondi: "Uma!"

Hoje tenho em casa 11!!! Isso porque infelizmente perdi duas.

Um dos vasos era muda de um vaso que foi da minha avó e só descobri no ano passado, no quintal da minha tia.
Converso com elas, cuido, e meus filhos até ficam enciumados!
2 Phaelenopsis, 1 Sapatinho, 1 Oncydium Chuva de Ouro, 1 Dendobrium, 1 Miltônia, 1 Oncydium Sharry Baby (Chocolate), 1 Laelia híbrida, 1 Laelia Purpurata Carnea (Meu xodó!), 1 Sophronites, 1 mini Cattleya ( chegou aqui como uma pequena muda, achei que não vingaria, minha Babyplant!).

Sonhos de consumo: Laelia Purpurata "Jóia da Bruxa" e uma Vanda. Ambas caríssimas....Mas eu chego lá!

8 de set. de 2009

Porquê as mulheres se casam...

Alessandro foi operado no último dia 4.
Por conta da cirurgia recente, não pode carregar peso, abaixar, fazer movimentos bruscos, etc...
Daí, o que acontece?
Tapetinhos guardados no maleiro do armário, bandejas de inox da última preteleira, ficam rodando dias pela casa...Caixas de leite ficam inacessíveis...
Descubro nesse momento uma utilidade inestimável dos maridos:
SUBSTITUIR AS ESCADAS!
Como é difícil a prática da done de casa, no dia-a-dia, sem poder recorrer ao marido para alcançar coisas em lugares altos!!! É um tal de subir em banquinho, pegar e abrir escada!
Ai que falta faz o Alê subir para pegar e guardar coisas...
O que seria de mim se não tivesse me casado? Escadas e banquinhos para sempre!!!

31 de ago. de 2009

Enfim, aqui estou!

Sempre gostei muito de escrever. Aliás, sempre fui melhor escrevendo minhas idéias do que falando.
Talvez seja por isso que eu me identifiquei tanto com o Orkut, msn, e-mails, twitter...
Pra mim, é muito mais fácil escrever para alguém o que sinto do que falar ao vivo. Uma falha, defeito? Talvez...não sou perfeita...mas apenas tenho mais facilidade com a forma de expressão escrita.
Fazer um blog é uma idéia que tem crescido, uma vontadezinha escondida lá no fundinho...Mas que pode ser uma importante ferramenta quando se escreve melhor do que se fala.
Apanhei uma semana do Blogger, escolhendo layouts, cores, fontes, gadgets...Enfim, adoro a internet mas não a domino totalmente. Nem meu computador entende tudo que"digo" pra ele fazer, nem eu entendo o que ele me "explica".
Gosto de haspas, de reticências, negritos, exclamações, capslock...
Tenho tantos assuntos para tratar aqui!!!
Conforme trabalhava no visual do blog - que eu acho que ainda pode melhorar - os pensamentos vinham, idéias sobre os temas que vou escrever...
Enfim, estou aqui!
Nefelibatando...
E como qualquer ser humano, tenho soooono... Que falta me faz dormir um pouquinho mais...
Amanhã é um dia duro, terça, aqui em casa, é pior, mil vezes pior que as segundas feiras.
Começo na fisioterapia pra aliviar as dores desse maldito esporão que me limita cada dia mais...de lá, direto para o Encontro Natura - momento de relaxar um pouco, uma atividade MINHA, dentro das minhas mil e uma utilidades..De lá, pego as crianças, almoço na mãe , corro pra terapia de um, direto pra natação da outra. Chegando, me enfio na cozinha, mando a criançada pro banho, dou o jantar e corro pro ortopedista me espetar com agulhinhas e silenciar o tal do esporão (por alguns minutos, pelo menos...)
Então, melhor encerrar por hoje. se mais alguma idéia chegar, finjo que ela não está aqui...pelo menos até amanhã, quando ela se juntará a outras.