25 de jul. de 2010

Miss Imperfeita - Texto de Martha Medeiros

Li esse texto no perfil do Facebook de uma amiga e me identifiquei profundamente com ele.
A autora fala do sentimento de culpa por não ser perfeita...Bem capaz da minha terapeuta desconfiar que a autora sou eu, não sei porque, rsss!!!


            "Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de emails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação. E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
            Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
            Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias...Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
             Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina?Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
             A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
             Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
             Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante."

Não, meninas, não é fácil...Mas vale a pena tentar! Os resultados podem ser bem mais interessantes do que a gente imagina...





15 de jul. de 2010

O Rock and Roll na minha vida!

Não sei dizer um momento exato em que o rock entrou na minha vida, mas posso dizer que me lembro dele nos mais diversos momentos, sempre os mais importantes, desde minha infância. Tentarei contar um pouco e prometo me esforçar para fazer isso em ordem cronológica, rss!


Meu pai sempre foi fã(nático) pelo Elvis Presley. Cresci observando meu pai ouvindo seus discos e minha mãe reclamando ("Como esse homem grita! De novo ouvindo esse encosto!"). Hoje eu sei que ela tinha (tem) ciúme de meu pai com sua música...

Tenho fotos de bebê espalhando os álbuns do meu pai pela casa, rasgando capas...

Próxima lembrança: as capas dos álbuns do AC/DC do Luiz, meu primo mais velho. Elas me davam medo! "Dirty Deeds Done Dirt Cheap" tinha pessoas com os olhos escondidos com uma tarja preta, como uma venda e sei lá porque cargas d´água, criança, tinha medo daquilo,kkkk!

Mais uma: Meu primo, como vcs verão por aqui, foi uma grande referência musical pra nós (incluindo aí, meu outro primo, o João, e meu irmão). Ele ouvia seus LPs muito alto e um belo dia, resolveu me assustar. Alterou a rotação de alguma música no toca discos, e ficava parecendo vozes de fantasmas...Morri de medo! Não queria nem entrar na casa da minha tia...

Nós também fazíamos “covers” dublando grandes sons! Lembro de fazermos isso com o Queen. Um ficava no piano da minha tia, fingindo que tocava. Outro tocava bateria no sofá e a “feiticeira” (aquela vassoura mágica, sabem?) ou era o microfone com pedestal ou a guitarra. Nossa, parece que estou lá na sala da minha tia vendo essa cena, enquanto dublávamos Bohemian Rhapsody, Save Me ou Play the Game...

Luiz foi quem me mostrou, sem querer querendo, muitas bandas. Depois o João. Aprendi a ouvir com eles Iron Maiden, Black Sabbath, Van Halen, Led Zeppelin, MARILLION.
Adorava quando chegava na casa deles e estavam ouvindo Misplaced Childhood!

Pegava os LPs do luiz emprestado, gravava e ficava ouvindo as fitas K7 em casa...

Passei por várias fases roqueiras e não roqueiras. Tive a fase Olivia Newton-John, que hoje pode não ter nada a ver com rock, mas quando eu ouvia fazia um trabalho bem legal.

Quando cheguei no colegial, comecei a colecionar letras de músicas. Comprava a Bizz Letras Traduzidas, recortava  as que me interessavam, e colava num caderno. Ou copiava de outras fontes, como os encartes dos LPs. Acho que tive uns 7 cadernos! A maior coleção da escola, rsss...De vez em quando emprestava pra alguma colega, que ficava vendo ou cantando na sala, aí os professores confiscavam e lá ia eu atrás, pegar de volta e ouvir aquele sermão...
Não me perguntem o que eu fiz com minha coleção...Acho que joguei fora...vai entender? Hj me arrependo!
Tá fácil retomar a coleção com a internet, sites como Terra Letras, Vagalume... mas não tem a mesma graça!

Nessas idas e vindas, conheci o Alê. Aí o rock ficou definitivamente na minha vida. Era ensaio da Lochness todo domingo e eu lá...

Antes de rolar algo entre nós, dois shows foram muito importantes na nossa história: o do Iron Maiden e o do Black Sabbath, ambos na Pista de Atletismo do Ibirapuera, meus dois primeiros shows de Heavy Metal.

Agora, o episódio rock and roll que talvez seja o mais marcante da minha vida:

Casamos no dia 11/01/97. É fato para todos os fãs da Lochness que o Alê compôs uma música pra mim no início de nosso namoro, Under the Moonlight. Estava euzinha lá, no meio da nossa festa de casamento, duas amigas de infância me levaram para uma mesa, para me fazer comer e beber (vcs sabem, noiva não tem esse direito, geralmente...), de costas para o palco. Achei que estavam preocupadas comigo, mas na verdade estavam me "distraindo" enquanto parte da Lochness montava sua parafernália no palco...
Quando percebo, começam a tocar a minha música!!! Alê, de meio fraque, tocando guitarra....Johnny,(meu primo João lá de cima do post), cantando... Daniel, meu cunhado, no teclado do Edgar Tomé (figuraça!)...Só faltou o Fabio, pois ali não dava para ter bateria. Eu, super emocionada, não sabia como agir, nem onde me enfiar, rsss...

No final, com a ajuda de um amigo da família, locutor, Ângelo Vizarro Jr (hojé é possível ouví-lo nos comerciais da rede Objetivo, mas já foi a voz de OMO,rsss), pai da minha daminha, me chamaram no palco. Ângelo fez com que fizéssemos declarações de amor um para o outro e Alê me deu um colar de presente de casamento! Não podia ser um casamento mais rock and roll, né? Inesquecível!!!
Desde então, não paramos mais. Shows, idas e vindas da Lochness, muitos sons maravilhosos. O advento da Internet, o Orkut, novos amigos roqueiros...

Rock and roll para sempre na minha vida!

"O que os deuses do rock and roll uniram, o homem não separa!"

2 de jul. de 2010

Coisas

Tenho coisas quando penso em você.
Quero seu corpo, seu calor
Suas mãos, sua boca.

Cosquinhas na barriga
no meio das pernas
no dedão do pé
cosquinhas e coisas...

Coisas que você conhece
coisas que me enlouquecem
Você sobre mim me beijando,
me dando coisas...

Ontem, agora há pouco, daqui a pouco
O tempo todo
Pensar em você me dá coisas...

Exercícios literários

As opiniões são as mais diversas sobre minha produção:
- Que me exponho demais
- Que devia escrever mais
- Que devia escrver mais porém sem expor minha vida
- Que não deveria escrever

Enfim, após ouvir (e ler...) várias opiniões diferentes, resolvi que vou continuar escrevendo, queiram ou não!

Estou resgatando algumas coisas que andei escrevendo, há algum tempo, e também recentemente.

Livro? Não, ainda não tenho knowhow para escrever um. Quem sabe um dia...Já tive filhos, já plantei árvore, falta escrever um livro, né?

Enquanto isso, "blogueio" e "twitto"...