15 de jul. de 2010

O Rock and Roll na minha vida!

Não sei dizer um momento exato em que o rock entrou na minha vida, mas posso dizer que me lembro dele nos mais diversos momentos, sempre os mais importantes, desde minha infância. Tentarei contar um pouco e prometo me esforçar para fazer isso em ordem cronológica, rss!


Meu pai sempre foi fã(nático) pelo Elvis Presley. Cresci observando meu pai ouvindo seus discos e minha mãe reclamando ("Como esse homem grita! De novo ouvindo esse encosto!"). Hoje eu sei que ela tinha (tem) ciúme de meu pai com sua música...

Tenho fotos de bebê espalhando os álbuns do meu pai pela casa, rasgando capas...

Próxima lembrança: as capas dos álbuns do AC/DC do Luiz, meu primo mais velho. Elas me davam medo! "Dirty Deeds Done Dirt Cheap" tinha pessoas com os olhos escondidos com uma tarja preta, como uma venda e sei lá porque cargas d´água, criança, tinha medo daquilo,kkkk!

Mais uma: Meu primo, como vcs verão por aqui, foi uma grande referência musical pra nós (incluindo aí, meu outro primo, o João, e meu irmão). Ele ouvia seus LPs muito alto e um belo dia, resolveu me assustar. Alterou a rotação de alguma música no toca discos, e ficava parecendo vozes de fantasmas...Morri de medo! Não queria nem entrar na casa da minha tia...

Nós também fazíamos “covers” dublando grandes sons! Lembro de fazermos isso com o Queen. Um ficava no piano da minha tia, fingindo que tocava. Outro tocava bateria no sofá e a “feiticeira” (aquela vassoura mágica, sabem?) ou era o microfone com pedestal ou a guitarra. Nossa, parece que estou lá na sala da minha tia vendo essa cena, enquanto dublávamos Bohemian Rhapsody, Save Me ou Play the Game...

Luiz foi quem me mostrou, sem querer querendo, muitas bandas. Depois o João. Aprendi a ouvir com eles Iron Maiden, Black Sabbath, Van Halen, Led Zeppelin, MARILLION.
Adorava quando chegava na casa deles e estavam ouvindo Misplaced Childhood!

Pegava os LPs do luiz emprestado, gravava e ficava ouvindo as fitas K7 em casa...

Passei por várias fases roqueiras e não roqueiras. Tive a fase Olivia Newton-John, que hoje pode não ter nada a ver com rock, mas quando eu ouvia fazia um trabalho bem legal.

Quando cheguei no colegial, comecei a colecionar letras de músicas. Comprava a Bizz Letras Traduzidas, recortava  as que me interessavam, e colava num caderno. Ou copiava de outras fontes, como os encartes dos LPs. Acho que tive uns 7 cadernos! A maior coleção da escola, rsss...De vez em quando emprestava pra alguma colega, que ficava vendo ou cantando na sala, aí os professores confiscavam e lá ia eu atrás, pegar de volta e ouvir aquele sermão...
Não me perguntem o que eu fiz com minha coleção...Acho que joguei fora...vai entender? Hj me arrependo!
Tá fácil retomar a coleção com a internet, sites como Terra Letras, Vagalume... mas não tem a mesma graça!

Nessas idas e vindas, conheci o Alê. Aí o rock ficou definitivamente na minha vida. Era ensaio da Lochness todo domingo e eu lá...

Antes de rolar algo entre nós, dois shows foram muito importantes na nossa história: o do Iron Maiden e o do Black Sabbath, ambos na Pista de Atletismo do Ibirapuera, meus dois primeiros shows de Heavy Metal.

Agora, o episódio rock and roll que talvez seja o mais marcante da minha vida:

Casamos no dia 11/01/97. É fato para todos os fãs da Lochness que o Alê compôs uma música pra mim no início de nosso namoro, Under the Moonlight. Estava euzinha lá, no meio da nossa festa de casamento, duas amigas de infância me levaram para uma mesa, para me fazer comer e beber (vcs sabem, noiva não tem esse direito, geralmente...), de costas para o palco. Achei que estavam preocupadas comigo, mas na verdade estavam me "distraindo" enquanto parte da Lochness montava sua parafernália no palco...
Quando percebo, começam a tocar a minha música!!! Alê, de meio fraque, tocando guitarra....Johnny,(meu primo João lá de cima do post), cantando... Daniel, meu cunhado, no teclado do Edgar Tomé (figuraça!)...Só faltou o Fabio, pois ali não dava para ter bateria. Eu, super emocionada, não sabia como agir, nem onde me enfiar, rsss...

No final, com a ajuda de um amigo da família, locutor, Ângelo Vizarro Jr (hojé é possível ouví-lo nos comerciais da rede Objetivo, mas já foi a voz de OMO,rsss), pai da minha daminha, me chamaram no palco. Ângelo fez com que fizéssemos declarações de amor um para o outro e Alê me deu um colar de presente de casamento! Não podia ser um casamento mais rock and roll, né? Inesquecível!!!
Desde então, não paramos mais. Shows, idas e vindas da Lochness, muitos sons maravilhosos. O advento da Internet, o Orkut, novos amigos roqueiros...

Rock and roll para sempre na minha vida!

"O que os deuses do rock and roll uniram, o homem não separa!"

2 comentários:

  1. Rê... eu ainda tenho minhas revistas de letras traduzidas... e folhas e mais folhas de letras de música copiadas noites adentro de encartes de CDs...Lembro que cheguei a contar umas 1.500 letras, sendo que não tinha só rock'n'roll, até Luiz Miguel entrava na dança! =)
    De fato a internet facilitou esse aspecto, mas quem vai colecionar se é possível encontrar pela internet o que quiser? Perdeu a graça messssmo!
    Eu comecei no rock com Bon Jovi (vou no show, rs), U2, Guns e Aerosmith; dos mais pesados, Iron e Metallica... isso tudo uns 13/14 anos atrás...
    Medo: eu tinha medo do Eddie, hahaha! Fazia natação com um cara que vivia com camisetas do Iron e eu olhava e torcia o nariz, dizendo que aquele tipo de música eu não ouviria... mal sabia eu que iria parar até em pista VIP só pra ver os caras de pertinho e cantando quase todas de cor...
    Beijo grande!

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  2. Oi Renata,
    Gostei do teu blog e curti muito esse post. Te conheço de criança, mas algumas coisas nem imaginava.

    Legal matar a saudade. Parabéns pelo blog

    beijo,
    Ricardo Roca

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