29 de fev. de 2012

"You´re still the one" - Shania Twain




Parece que nós conseguimos
Olhe o quanto nós chegamos longe meu querido
Nós poderíamos ter seguido o caminho longo
Nós sabíamos que chegaríamos lá algum dia

Eles diziam , "Eu aposto que eles nunca conseguirão"
Mas somente olhe para nós aqui
Nós ainda estamos juntos e forte

(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele para quem eu corro
Aquele a quem eu pertenço
Você é aquele que eu quero na vida
(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele que eu amo
Aquele com quem eu sonho
Você ainda é aquele que eu beijo boa noite

Não existe nada melhor
Nós derrotamos o improvável juntos
Eu estou feliz por não termos escutado
Olhe para o que nós poderíamos estar perdendo

Eles diziam , "Eu aposto que eles nunca conseguirão"
Mas somente olhe para nós aqui
Nós ainda estamos juntos e forte

(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele para quem eu corro
Aquele a quem eu pertenço
Você é aquele que eu quero na vida
(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele que eu amo
Aquele com quem eu sonho
Você ainda é aquele que eu beijo boa noite
Você ainda é o único

Sim...
(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele para quem eu corro
Aquele a quem eu pertenço
Você é aquele que eu quero na vida
(Você ainda é o único)
Você ainda é aquele que eu amo
Aquele com quem eu sonho
Você ainda é aquele que eu beijo boa noite

Eu estou feliz por nós termos conseguido
Olhe o quanto longe nós chegamos meu querido

Férias, férias... onde estão vocês???

Estava tudo tão fácil!
Não no início, lógico. Mas depois de um tempo as coisas começaram simplesmente a fluir sozinhas.
E aí tomaram grandes proporções.
Mas agora, ou estou cansando ou realmente as coisas estão mais difíceis.
Talvez, seja ainda uma questão de prioridades, seletividade, exigência, falta de criatividade, baixa produtividade, falta de paciência, um pouco mais de amor próprio e claro, o bom e velho perfeccionismo desgraçado que teima em não me abandonar!
Cada vez mais difícil de "escrever". Ainda mais quando eu mesma me desafio a fazer diferente.
Hora de dar uma pausa, ou parar de vez, maybe?
O problema é que esse prazer de "escrever" virou um vício, quase como viver. 
Será que eu posso me livrar dele?
Ou melhor, será que eu quero me livrar disso?

Aposto que uma semaninha de sombra e água fresca resolviam meu problema...rs Duas, vai!
Mas com ou sem meu note do ladinho? Huahuahuahua!!!!!


25 de fev. de 2012

A Mão - Carlos Drummond de Andrade

Três dias após o funeral de Portinari, Carlos Drummond de Andrade presta sua derradeira homenagem ao amigo, dedicando-lhe o poema "A Mão":


"Mãos entrelaçadas"

Entre o cafezal e o sonho
o garoto pinta uma estrela dourada
na parede da capela,
e nada mais resiste a mão pintora.
A mão cresce e pinta
o que não é para ser pintado mas sofrido.
A mão está sempre compondo
módul – murmurando
o que escapou à fadiga da Criação
e revê ensaios de formas
e corrige o oblíquo pelo aéreo
e semeia margaridinhas de bem – querer no baú dos vencidos.
A mão cresce mais e faz
do mundo – como – se – repete o mundo que telequeremos.
A mão sabe a cor da cor
e com ela veste o nu e o invisível.
Tudo tem explicação porque tudo tem (nova) cor.
Tudo existe porque foi pintado à feição de laranja mágica
não para aplacar a sede dos companheiros,
principalmente para aguçá-la
até o limite do sentimento da terra domicílio do homem.

Entre o sonho e o cafezal
entre guerra e paz
entre mártires,ofendidos,
músicos, jangadas, pandorgas,
entre os roceiros mecanizados de Israel,
a memória de Giotto e o aroma primeiro do Brasil
entre o amor e o ofício
eis que a mão decide:
todos os meninos, ainda os mais desgraçados
sejam vertiginosamente felizes
como feliz é o retrato
múltiplo verde – róseo em duas gerações
da criança que balança como flor no cosmo
e torna humilde, serviçal e doméstica a mão excedente
em seu poder de encantação.

Agora há uma verdade sem angústia
mesmo no estar – angustiado.
O que era dor é flor, conhecimento
plástico do mundo.
E por assim haver disposto o essencial,
deixando o resto aos doutores de Bizâncio,
bruscamente se cala
e voapara nunca – mais
a mão infinita
a mão – de – olhos – azuis de Cândido Portinari.

24 de fev. de 2012

Motivações de um artista...

"...uma pintura que não fala ao coração não é arte, porque só ele a entende. Só o coração nos poderá tornar melhores e é essa a grande função da Arte. Não conheço nenhuma grande Arte que não esteja intimamente ligada ao povo.

As coisas comoventes ferem de morte o artista e sua única salvação é retransmitir a mensagem que recebe. Eu pergunto quais as coisas comoventes neste mundo de hoje? Não são por acaso as tragédias provocadas pelas guerras, as tragédias provocadas pelas injustiças, pela desigualdade e pela fome? Haverá na natureza qualquer coisa que grite mais alto ao coração que isso?..."

(Trecho do discurso de Cândido Portinari a intelectuais e artistas em Buenos Aires, em 1947)

Portinari pintando os painéis Guerra e Paz, nos galpões da TV Tupi, no RJ, em 1955.


23 de fev. de 2012

Guerra & Paz - Memorial da América Latina - 21/02/12

No Carnaval realizei um sonho. Fui com Alê e as crianças ao Memorial da América Latina visitar a exposição Guerra e Paz, de Portinari.

O "Mapa Man" Alê, mais novo "Rei da Barra Funda", se perdeu só um pouco - porque lógico, não me ouviu...rs Mas se redimiu porque logo parou e pediu informações a um guarda de trânsito ( O.O ) Chegamos com chuva e encontramos quase todos os paulistanos que não viajaram no feriado por lá.



A exposição é composta pelos famosos painéis "Guerra" e "Paz", pintados por Portinari entre 1952 e 1956, como presente do governo brasileiro para a sede da ONU. Além deles, foram reunidos pela primeira vez cerca de cem estudos feitos pelo pintor para a execução da obra, documentos e recortes da época.

Portinari executou a pintura, sob os protestos dos médicos que o acompanhavam. Na época, ele já tinha sintomas de intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava. Mesmo assim, aceitou a missão. E viu os painéis juntos, finalizados, uma única vez antes de embarcarem para os EUA, há mais de 50 anos. Não pode comparecer a cerimônia por ser simpatizante de idéias comunistas.

Depois de tanto tempo, o Projeto Portinari, após inúmeras articulações junto do Governo Federal, trouxe os painéis para o Brasil, a fim de serem restaurados e expostos aqui.

Descobri Portinari quando eu era pequena, nas minhas andanças pelos museus de arte com a Tia Marley e redescobri, trabalhando na Escola Semente. Nessa "redescoberta" me apaixonei, tanto quanto por Tarsila.

"Guerra"
Entrar no Salão De Atos Tiradentes e encontrar aqueles painéis imensos já foi de uma emoção sem tamanho! Pela importância, pela grandiosidade...Por toda a cenografia, o clima criado... Cores apenas nos painéis. No centro, depois de alguns minutos, um telão exibe imagens de Portinari e suas obras, com a narração do poema "A Mão", que Carlos Drummond de Andrade escreveu em memória de seu amigo. Penso em amigos, como o Muryel, que PRECISA ver, ouvir e sentir isso!!! Em seguida, Milton Nascimento canta Guerra, e depois Paz. Aí eu penso, "Cris, por onde você anda, será que já veio ver isso???" E enquanto isso, são exibidos fragmentos de cada obra, ao mesmo tempo em que eram iluminados nos painéis. E Alê, que sabe da importância de tudo isso em minha vida, ali do meu lado.

 Ah... me chamem de louca, de boba, de sentimentalóide (Gostei dessa palavra! Usei bastante ultimamente...rss)... Mas aí já não contive as lágrimas...

"Paz"
Lucas, tem a "sementinha" da Semente dentro dele... Não lembrava muitas coisas de Candinho, mas amou! Rebeca, com medo da "Guerra"... falava sobre a emoção de ver o trabalho do artista que está estudando na escola.

Guerra me tocou muito mais do que Paz. Apesar do tema, trouxe mais energia pra mim. Mais cor, mais vibração. Apesar de prezar pela paz.

Filmei o telão, mas é claaaaaro que não consegui trazer o vídeo pra cá. Meu celular ainda tem mistérios demais pra minha cabeça nefelibata...

Agora, me aguentem... vem mais de Guerra e Paz e Portinari por aqui nos próximos dias...

17 de fev. de 2012

Meu Carnaval


Alalaô... que calor!
É isso apenas que meu Carnaval tem de samba – o calor!
Calor do verão, dos amigos perto, da família juntinha, do meu amor.

Meu Carnaval não tem confete nem serpentina, tem cama até mais tarde, longe da avenida.
Meu Carnaval não tem jardineira triste, mas tem orquídeas no meu jardim.
Nem pierrot, nem colombina. Só guitarrista e baterista.
Não tem cuíca, nem reco-reco. Tem guitarras e violões.

Meu Carnaval não tem fantasias. Não? Talvez.
Tem churrasco, tem bebedeira, tem brincadeira.
Meu Carnaval não tem Mestre-Sala nem Porta-Bandeira.
Tem vampiros, tem senhores e borboletas.

Meu Carnaval não tem ziriguidum de mulata
Mas subo no salto e não faço feio.
Meu Carnaval tem rock-enredo, adereços de couro e metal.
Minhas alegorias são as asas que a vida me deu.


Um Carnarock desses seria tudo de bom, hein?